Eles peregrinam entre os ministérios com o objetivo de aprovar emendas e conseguir verbas para obras que possam render votos em 2014 |
Preocupados
com a própria reeleição em 2014, deputados federais interromperam o
recesso de fim de ano para fazer uma romaria por ministérios numa
tentativa de agilizar a liberação de emendas. Dezenas de deputados e
líderes partidários estão em Brasília para, num último esforço, tentar
obter do governo federal garantias de obras em suas bases eleitorais. As
emendas que não forem empenhadas até o dia 31 de dezembro deste ano
serão automaticamente canceladas.
O acordo
fechado entre governo federal e parlamentares prevê o envio de 10
milhões de reais para cada Estado em 2014, além de um "bônus" de 2
milhões de reais para os integrantes da Comissão Mista de Orçamento
(CMO) e líderes partidários. Deputados dizem que nem tudo que foi
prometido foi cumprido.
"Temos que
ficar aqui cuidando porque se não cancela tudo e os ministérios
redirecionam a verba para onde querem", diz o líder do PMDB, Eduardo
Cunha (RJ). "Até agora a viagem foi perdida. Tem muito problema e nem
sinal de fumaça", reclama o líder do PP, Eduardo da Fonte (PE).
O governo diz
que o Ministério do Planejamento já deu a autorização para os empenhos e
que os problemas existentes têm origem na deficiência dos projetos
apresentados ou inadimplência das prefeituras. Dentro do Executivo há
quem admita, porém, que em algumas pastas falta corpo técnico capaz de
analisar os projetos em tempo hábil. As áreas com mais emendas e que
teriam mais pendências são Saúde, Educação e Integração Nacional, mas há
problemas também em pastas com orçamento menor, como Esporte, Defesa e
Direitos Humanos. Por Veja
Nenhum comentário:
Postar um comentário