terça-feira, 17 de janeiro de 2017

De dentro da prisão, Cunha dispara contra ex-aliados que disputam presidência da Câmara


De dentro do Complexo Médico Penal, no Paraná, Eduardo Cunha acompanha atentamente a disputa pela cadeira que ocupava antes de ser preso pela Lava Jato. Ainda não perdoou Rodrigo Maia (DEM-RJ), a quem atribui sua cassação. Em conversa recente, citou o que considera um favor prestado — tê-lo indicado para relatar a reforma política. No centrão, criticou Rogério Rosso (PSD-DF). Disse que, quando teve a sua chance, em julho, perdeu por causa de uma “campanha errática”.
 
Cunha fez até reparos às vestimentas dos antigos aliados. Achou estranho Rosso ter usado a camisa da Chapecoense para se lançar candidato — a peça foi presente de um colega de bancada.
 
Partidos do centrão — incluindo o PSD de Rosso — discutem seguir o PR e fazer um anúncio oficial de apoio à candidatura de Rodrigo Maia, em uma data mais próxima à eleição pela presidência da Câmara.

Uma das alternativas apontadas por peemedebistas para contornar a disputa com o PSDB por espaço na Secretaria de Governo envolve a criação de uma estrutura paralela, para que a sigla não fique alijada da relação com o Congresso.
 
O grupo do PMDB que hoje ocupa a secretaria discutiu com instâncias superiores no Planalto a possibilidade de que uma assessoria especial concentrasse parte das negociações com o Legislativo. O prognóstico, no entanto, não é positivo.

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