sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Janot prevê atraso de até três meses para homologação de delações da Odebrecht


Assim que soube do falecimento do ministro Teori Zavascki, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, cancelou seus compromissos na Suíça e decidiu retornar imediatamente ao Brasil. Janot estava no país para discutir avanços nas investigações da Operação Lava Jato com o procurador-geral do país europeu. 

De acordo com o UOL, ele pretendia pedir o congelamento de novas contas e tentaria estabelecer uma forma de garantir que as novas delações pudessem contar com o apoio dos suíços, mas isso ficou para depois. Para Janot, a maior preocupação no momento é o destino da operação, pois ele acredita que com a morte do relator no Supremo Tribunal Federal (STF), a homologação das delações – antes prevista para fevereiro – deve ser adiada. 

Segundo a publicação, nas contas da PGR, se os casos da Lava Jato forem redistribuídos a outro ministro, a homologação dos 950 depoimentos da Odebrecht poderia ser adiada em até três meses. A expectativa era de que Zavascki iniciasse ainda esta semana as audiências com os 77 delatores da construtora. Inclusive, executivos e advogados de defesa da Odebrecht também se preocupam com o não cumprimento dos prazos. Eles temem também que o novo relator interceda a favor do governo (veja aqui).

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