"Esse resultado nos surpreendeu", diz o economista da
associação, Emílio Alfieri. Ele diz que há muitas incertezas em relação à
economia em 2014, e isso pode ter afetado a confiança do consumidor e
ampliado a cautela. "Se essa intenção se confirmar, a caderneta de
poupança poderá bater novo recorde de captação. Em novembro, isso já ocorreu."
Se
o resultado da intenção de gasto da segunda parcela do 13º for
combinado com a pesquisa do destino da primeira parcela, sobrarão poucos
recursos para consumo neste fim de ano, reafirmando as projeções de
várias entidades ligadas ao comércio varejista de que este será um Natal
moderado.
Na enquete feita na última semana de outubro, também pela ACSP em parceria com o Instituto Ipsos, 24,5% dos entrevistados indicaram que o principal uso da primeira parcela do 13º salário seria o pagamento de dívidas, seguido pela poupança (20,4%) e pelas compras de presentes (18,4%).
Na enquete feita na última semana de outubro, também pela ACSP em parceria com o Instituto Ipsos, 24,5% dos entrevistados indicaram que o principal uso da primeira parcela do 13º salário seria o pagamento de dívidas, seguido pela poupança (20,4%) e pelas compras de presentes (18,4%).
No caso da primeira pesquisa, Alfieri diz que o resultado
reflete o movimento de antecipação de renegociação de dívidas, iniciado
no primeiro semestre, para que a segunda parcela fosse destinada ao
consumo. Mas não foi isso que a pesquisa mostrou em relação ao uso da
segunda parcela do 13º.
Apesar de a cautela do consumidor
representar um breque no consumo no melhor período de vendas para o
varejo, Alfieri vê um lado bom nesse resultado. Com esse "colchão" de
recursos poupados, o cenário para o varejo em 2014 poderá ser mais
positivo e com menor risco de calote nas vendas a prazo. "Se o
consumidor tiver o equivalente a uma ou duas prestações guardadas, o
risco de inadimplência diminui", diz o economista da associação.
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