Outras cidades estão em alerta, como Mossoró, Triunfo, Campo Grande,
Janduís, Messias Targino e Patu. Nesses locais, as gerencias regionais
da Caern tomam medidas de racionamento na cidade para poder sobreviver
ao período mais crítico, que consiste nos meses de novembro a março.
Carros-pipas são disponibilizados para as cidades em colapso como medida
paliativa emergencial. Pelo exército, 111 carros distribuem água,
enquanto a defesa civil complementa com mais 28 carros-pipa.
Pau dos Ferros, cidade pólo da região Oeste, apesar de não estar em
colapso sofre com a baixa do reservatório. Atualmente, a cidade com
28.197 habitantes (dados do IBGE – 2012) sobrevive com reservatório om
apenas 7% da capacidade. O racionamento constante nestes últimos quatro
meses pode não ser suficiente para suprir a demanda, que já sofre com a
baixa qualidade da água. A Caern construirá uma adutora, em caráter de
emergência, que interligará a barragem de Santa Cruz até a referida
cidade.
Segundo Isaías Costa, o projeto já foi apresentado a uma empresa e em
janeiro deverá ser iniciadas as obras com previsão de 60 a 90 dias de
conclusão. Os benefícios da adutora ainda não serão sentidos nesse
primeiro trimestre, período mais crítico para o abastecimento na região.
O reservatório de Itans, principal abastecedor de Caicó, é outra
preocupação. No início de novembro, a Agência Nacional de Águas (Ana)
definiu novas regras para os usuários do açudes de Itans, com objetivo
de manter o volume que resta nesse reservatório para atravessar o
período de seca. A água do reservatório está destinada apenas para o
consumo humano. Em dezembro, as regras negociadas continuam valendo até
que sejam realizadas novas avaliações. No momento, o reservatório de
Itans está com 12% der sua capacidade.
De acordo com Joana D’arc Freire, coordenadora de gestão de recursos
hídricos, da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh),
os açudes de Passagem dos Traíras, Santo Antônio do Sabugi e Boqueirão
de Parelhas (que abastecem quatro municípios do Seridó), estão com as
comportas fechadas para irrigação, disponibilizando a água somente para o
consumo humano. Para os próximos meses, o trabalho da Semarh será no
sentido de “acompanhar administrando o uso prioritário e continuando com
as ações emergenciais”.
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