Na verdade, ela compartilha tantas
semelhanças que os pesquisadores foram a público e afirmaram que elas
podem ter sido um dos nossos primeiros antepassados.
A pesquisa foi realizada por cientistas
da Universidade de Miami e pelo Instituto Nacional de Pesquisa do Genoma
Humano (NHGRI), nos EUA. Eles não procuravam nenhuma ligação entre as
águas-vivas e humanos quando iniciaram o estudo, mas ficaram
surpreendidos quando encontraram semelhanças genéticas.
A espécie usada na pesquisa é a
Mnemiopsis leidyi, também chamada de geléia-pente ou noz-do-mar. Ela
pode ser encontrada facilmente no Oceano Atlântico, mas existem
representantes em vários oceanos, inclusive na Antártida.
Após mapear seu genoma, as cadeias de
DNA foram colocadas em um computador e a grande descoberta surgiu quando
genes, compartilhado com todos os outros animais, foram encontrados.
Eles também ficaram surpresos ao
descobrirem que a propagação do seu DNA através dessas espécies sugere
que ela poderia ter sido um tipo de “ponto de partida”.
Segundo as teorias atuais, há mais de
500 milhões de ano, uma única espécie se diferenciou em todos os animais
que hoje existem. Os pesquisadores acreditam que esse acontecimento se
deu partindo das esponjas-do-mar.
De acordo com a pesquisa, que foi
publicada na revista Science, a noz-do-mar pode ser o mais antigo
representante dessa árvore genealógica e da linhagem-irmã do reino
animália.
Isso pode representar um impacto sobre a
teoria de que todos os animais desenvolveram um sistema nervoso e
muscular. As esponjas não têm sistema nervoso ou músculos e, quando os
cientistas às consideraram os primeiros ancestrais, assumiram que outros
animais evoluíram e desenvolveram estas características específicas ao
longo do tempo.
“Agora que temos os dados genômicos dos
Ctenophoras é crucial do ponto de vista genômico-comparativo, permite
determinar quais as características físicas e estruturais estavam
presentes no início da evolução dos animais”, disse o autor Dr. Andy
Baxevanis.
“Estes dados também fornecem uma janela
valiosa para determinar a ordem dos eventos que levaram à incrível
diversidade que vemos no reino animal”, completou.
Jornal Ciência
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