"Falta efetivo, armamento, munição, carros. Hoje, contamos com apenas
dois veículos para fazer o policiamento de uma cidade de quase 80 mil
pessoas. Macaíba tem um território muito grande, um dos maiores do
estado. Temos uma cota semanal de 60 litros de combustível para cada
carro. É muito pouco. Se eu soubesse que iria assumir uma delegacia sem
ter condições de trabalho, eu não teria aceitado", disse o delegado em
entrevista ao G1 nesta sexta (13).
O delegado acrescentou que o efetivo de agentes que trabalha no
município é muito menor do que a demanda. "Precisamos de pelo menos de
25 investigadores. Hoje, nós temos 14 homens divididos entre os setores
de investigação, administração e ronda. É muito pouco. O delegado geral
quer fazer alguma coisa, o secretário de segurança também quer nos
ajudar, mas recursos não é possível fazer nada. O governo do estado não
pode cobrar nada da gente porque não dá a mínima condição de trabalho, e
hoje dependemos do governo para ter o recurso", comentou Normando.
O delegado, que assumiu a delegacia de Macaíba
há dois meses, disse que apesar de pouco pessoal, a equipe já conseguiu
identificar grande parte dos envolvidos nos crimes. "Porém, precisamos
melhorar com urgência nossa estrutura. Como não temos contrapartida do
governo estadual, minha esperança está nos recursos do Brasil Seguro,
que vai equipar delegacias de várias cidades. Se formos esperar pela
ajuda do Estado, mais gente vai perder a vida em Macaíba", reafirmou.
G1-RN
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