O consumo de cocaína no Brasil mais que
dobrou em menos de dez anos e já é quatro vezes superior à média
mundial. Os dados foram divulgados nesta terça-feira pelo Conselho
Internacional de Controle de Narcóticos, entidade ligada à Organização
das Nações Unidas (ONU), em seu informe anual. A entidade também critica
a liberalização do consumo de maconha no Uruguai e regiões dos EUA e
alerta: jovens sul-americanos parecem ter uma “baixa percepção do risco”
que representa o consumo de maconha.
Em 2005, a entidade apontava que 0,7% da
população entre 12 e 65 anos consumia cocaína no Brasil. Ao fim de
2011, a taxa chegou a 1,75%. De acordo com os dados da ONU, o consumo
brasileiro é bem superior à média mundial, de 0,4% da população. A média
brasileira também supera a da América do Sul, com 1,3%, e é mesmo
superior à da América do Norte, com 1,5%.
O Brasil, segundo o informe anual, se
consolidou não apenas como rota da cocaína dos Andes para a Europa como
também passou a ser um mercado fundamental. Em 2012, as maiores
apreensões de cocaína no Brasil ocorreram a partir de carregamentos da
Bolívia, seguidos por Peru e Colômbia.
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