terça-feira, 23 de setembro de 2014

Policial diz que Estado Maior da PM recebia R$ 15 mil mensais de cada batalhão

Joias e mais de R$ 400 mil foram encontrados na casa do major Edson Alexandre Pinto de Góes, que coordenava equipes de policiamento para arrecadar propina

Um dos policiais presos pela Operação Propina S.A., no dia 15 de setembro, relatou que todos os batalhões de área da Polícia Militar eram obrigados a pagar uma propina de R$ 15 mil mensais ao Estado Maior da corporação. Segundo o “RJTV — 2ª Edição”, da Rede Globo, o agente fez um acordo de delação premiada com a Justiça e foi solto após fornecer essas informações.

Em depoimento prestado ao Ministério Público, o PM afirmou que o repasse de dinheiro foi relatado em mais de uma ocasião, de maneira reservada, pelos majores Nilton João dos Prazeres Neto e Edson Alexandre Pinto de Góes, presos na mesma operação. Na ocasião, 24 policiais, sendo seis oficiais — todos com passagem pelo 14º BPM (Bangu) —, foram detidos sob a acusação de cobrar propina de moradores e comerciantes no bairro da Zona Oeste do Rio.

De acordo com o “RJTV”, a assessoria da Polícia Militar informou que o comandante-geral da corporação, coronel Luís Castro Menezes, ficou indignado ao tomar conhecimento do depoimento e classificou as declarações como absurdas. Ainda segundo a assessoria, todas as denúncias serão investigadas com rigor.

As prisões do último dia 15 foram feitas pela Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Entre os acusados, estava o chefe do Comando de Operações Especiais (COE), coronel Alexandre Fontenelle Ribeiro, que comandou o batalhão de Bangu e foi exonerado do cargo.

Extra 

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