No fim da sessão, a bolsa brasileira fechou em baixa de 2,77%, a
50.503 pontos, após marcar 48.722 pontos no pior momento pela manhã, em
queda de 6,20%. O volume do pregão somou 17 bilhões de reais. O
resultado negativo foi bem mais ameno do que previa a parcela mais
pessimista do mercado, que esperava o acionamento do circuit breaker,
mecanismo que interrompe os negócios quando a queda supera os 10%. Nem
na mínima da sessão, o Ibovespa chegou perto disso.
“O Ibovespa deve ficar nesse intervalo de 48 mil a 52 mil pontos até
que Dilma consiga identificar para o mercado quem estará na Fazenda, se é
capaz de dar mais credibilidade (à política econômica), particularmente
na parte fiscal”, avalia o sócio e fundador da Humaitá Investimentos,
Frederico Mesnik.
As ações da Petrobras foram, mais uma vez, o destaque de queda do
índice, encerrando o dia com a maior queda desde novembro de 2008 e
voltando a preços de março deste ano. Os papéis PN (preferenciais, sem
direito a voto) recuaram 12,33%, seguida pelas ações ON (ordinárias, com
direito a voto) da Eletrobras (-11,68%), Petrobras ON (-11,34%) e
Eletrobras PNB (-9,63%), enquanto BB ON recuou 5,24%.
O recuo da Bovespa acompanha o movimento das principais bolsas
internacionais. Na Europa, o índice FTSEurofirst 300, que reúne os
principais papéis do continente, recuou 0,59%, a 1.305 pontos, após a
queda da confiança empresarial da Alemanha para o menor nível em quase
dois anos. Nos Estados Unidos, os principais índices do mercado
acionário americano terminaram perto da estabilidade, após o S&P 500
registrar, na semana passada, a maior alta semanal desde janeiro de
2013. Segundo dados preliminares, o índice Dow Jones subiu 0,07%;
S&P 500 teve perda de 0,15%, e Nasdaq avançou 0,05%.
Dólar – O dólar disparou mais de 2,5% nesta
segunda-feira, maior avanço em quase três anos, também refletindo a
apreensão dos investidores em relação à condução da política econômica
de Dilma em seu segundo mandato. A moeda norte-americana fechou em alta
de 2,68%, a 2,5229 reais na venda e, na máxima do dia, chegou a avançar
4,21%, a 2,5605 reais. Foi a maior alta diária no fechamento desde 23 de
novembro de 2011, quando subiu 2,94%.
Fonte: Veja
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