A China içou do rio Yangtze o navio Eastern Star, nesta sexta-feira (5),
enquanto as equipes de resgate utilizam guindastes para ajudar nas
buscas por quase 340 pessoas ainda desaparecidas. Até agora, foram
recuperados 103 corpos. O foco das equipes mudou da tentativa de
encontrar sobreviventes para a retirada de corpos presos no rio desde
que o navio de cruzeiro naufragou de repente, durante uma tempestade na
noite de segunda-feira, quando fazia uma viagem de Nanjing para
Chongqing.
As autoridades atribuíram o acidente ao tempo ruim, mas
também colocaram sob custódia policial o capitão e o primeiro
engenheiro, que sobreviveram. Parentes das vítimas levantaram dúvidas
sobre se o navio deveria ter seguido com o cruzeiro após a tempestade,
apesar de um alerta meteorológico ter sido divulgado antes do
naufrágio. Parente de uma vítima, o conferencista universitário Xia
Yunchen, de 70 anos, reclamou diante dos jornalistas reunidos, exigindo
uma investigação sobre possível falha humana. "Tirando desastre natural,
há outras causas? Não é racional perguntar?".
Segundo a Associated
Press, muitas das mais de 450 pessoas que estavam no navio eram
aposentados. Com 103 mortes confirmadas e 339 pessoas desaparecidas, o
naufrágio deve se tornar o pior desastre marítimo do país em sete
décadas. Os 14 sobreviventes incluem pessoas que acharam bolsões de ar
no navio virado e foram retirados por mergulhadores na terça-feira. Há
polícias e paramilitares na área, bloqueando o acesso ao local, e as
autoridades têm controlado de perto a cobertura da imprensa no caso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário