"A queda está muito forte, e
o peso do setor na economia é muito grande. Uma retração desse tamanho
puxa a indústria para baixo e, consequentemente, o PIB", afirma Rodrigo
Baggi, analista da Tendências. Pelas projeções da Anfavea, associação
que representa as montadoras, devem ser produzidos este ano 2,585
milhões de veículos, 17,8% menos que em 2014. O volume será o mais baixo
desde 2007.
O desempenho negativo arrasta os demais setores da cadeia e
o efeito mais perverso é nos empregos. Na indústria de aços, que vende
22% de sua produção para as montadoras, 12 mil postos foram eliminados
nos últimos 12 meses. Há também 1,4 mil trabalhadores com contratos
suspensos (lay off).
Cálculos da PriceWaterhouseCoopers (PwC) indicam
que, para cada emprego na montadora, há outros 12 gerados na cadeia
automotiva. Por essa conta, o setor emprega mais de 1,5 milhão de
pessoas. Na relação inversa, as 6,3 mil vagas fechadas nas montadoras
até maio teriam provocado outras 75,6 mil demissões em diversas áreas.
Até abril, só as revendas de veículos cortaram 12 mil postos e as
autopeças, 7,4, mil.
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