sexta-feira, 10 de julho de 2015

Para poupar Planalto e PT, governo aceita convocação de Cardozo por CPI

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Para poupar ministros mais próximos da presidente Dilma Rousseff e livrar da exposição o ex-ministro José Dirceu, o PT e o governo decidiram sacrificar o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Com a anuência do Palácio do Planalto, Cardozo foi convocado a depor na CPI da Petrobrás, onde deverá dar explicações sobre a atuação da Polícia Federal na apuração do esquema de corrupção na estatal.

Numa lista com 436 requerimentos protocolados, PMDB e PSDB queriam focar nas convocações dos ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil), Edinho Silva (Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República), além de Cardozo e Dirceu. Também havia requerimentos disponíveis para votação contrários aos interesses do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas a oposição descartou convocá-lo ou quebrar seus sigilos, pelo menos por enquanto.

O Planalto rechaçava a convocação de Mercadante e Edinho porque isso simbolizaria a exposição direta da presidente Dilma Rousseff. Na avaliação do governo, os ministros também não teriam o que explicar à comissão porque desconhecem o conteúdo da delação premiada do empreiteiro Ricardo Pessoa, dono da UTC. O Palácio avisou à CPI que, se os ministros fossem chamados, outros nomes citados por Pessoa também teriam de entrar na lista.

Cardozo, por sua vez, é visto como uma figura bem articulada e capaz de se sair bem no interrogatório dos parlamentares. Portanto, se alguém teria de ir para o "sacrifício", o ministro da Justiça seria "um custo menor", avaliou o governo.

Estado de São Paulo 

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