A presidente Dilma Rousseff (PT) fez discurso de resistência, nesta
sexta-feira (7), durante a entrega de casas populares em Roraima. A
petista relembrou os momentos de ameaça vividos ao longo de sua vida e
destacou o respeito à democracia e aos votos que ganhou durante as
eleições, segundo o G1. A declaração da presidente vem no contexto em
que setores da oposição defendem seu afastamento e membros do PSDB pedem
novas eleições. O governo ainda sofre sucessivas derrotas no Congresso
Nacional e encontra dificuldades para reunificar a base aliada, o que
não garante a aprovação de matérias na Câmara e no Senado. Além disso, a
presidente ainda enfrenta maior índice de rejeição desde a
redemocratização do país, segundo o Instituto Data Folha. "Eu respeito a democracia do meu país. Eu sei o que é viver numa ditadura. Por isso, eu respeito a democracia e o voto. E podem ter certeza: além de respeitar, eu honrarei o voto que me deram", declarou a presidente. Dilma disse que os votos recebidos lhe dão "legitimidade" para governar e se comprometeu a se "esforçar pela estabilidade". "O país tem uma democracia e, por isso, devemos respeito entre os poderes, entre o Legislativo, o Executivo e o Judiciario. E eu me disponho a trabalhar incansavalmente para assegurar a estabilidade política do nosso país”, acrescentou.
A petista aproveitou a ocasião para minimizar a dificuldade econômica pela qual passa o país, lembrando que antigamente o Brasil tendia a ter dificuldade para pagar suas contas externas quando havia algum problema - interno ou externo - e hoje o país tem mais de US$ 300 bilhões de reserva. "Ou seja, nós não quebramos", concluiu. Dilma não esqueceu de citar a ascensão social dos últimos anos, o que coloca o Brasil como um país majoritariamente de classe média.
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