O governo decidiu postergar o reajuste dos impostos que incidem sobre
cervejas e outras bebidas frias, como água e refrigerantes. Agora, o
aumento, previsto para o dia 1º de outubro, será feito apenas no ano que
vem. A nova data para o reajuste ainda não está definida, informou
nesta segunda-feira (23), o secretário-adjunto da Receita Federal, Luiz
Fernando Nunes.
Com isso, ficam temporariamente congeladas as alíquotas de IPI
(Imposto sobre Produtos Industrializados), PIS e Confis para o setor.
Segundo Nunes, a decisão pelo adiamento foi anunciada a empresários do
ramo pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, na semana passada em
reunião realizada em São Paulo. “O setor colocou as dificuldades que vem
enfrentando no momento e, por essa razão, o gabinete do ministro
decidiu postergar a decisão de reajuste”, disse.
No ano passado, ficou estabelecido pelo governo que o reajuste para o
setor de bebidas seria feito anualmente nos meses de outubro. Nunes
afirmou, contudo, que outras variáveis têm de ser avaliadas para a
decisão de aumentar a tributação, como as dificuldades enfrentadas pelo
setor e seu reflexo no mercado de trabalho.
“Simulações foram submetidas ao ministro pela Receita Federal e ele
decidiu pela linha do adiamento. A decisão do ministro é de colocar para
o ano que vem”, afirmou. Segundo Nunes, é “provável” que um novo
decreto regulando os reajustes de impostos no setor tenha de ser editado
diante da decisão de adiar o aumento.
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