Negros e pardos já comandam 49% das
micro e pequenas empresas do país, número que se aproxima da fatia que
representam na população (51%). São 11 milhões de empreendedores, 28,56%
mais do que em 2001, quando os negros eram donos de 43% dos micro e
pequenos negócios com faturamento de até R$ 3,6 milhões anual.
Os dados fazem parte de um estudo do
Sebrae com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
de 2011. Entretanto, a renda média ainda é cerca da metade da renda dos
empreendimentos de brancos.
Segundo o Sebrae, a sociedade está se
tornando menos desigual, mas as diferenças ainda são grandes. A renda
média dos negros empreendedores era de R$ 1.039 em 2011, ante R$ 2.019
dos brancos (diferença de 94,3%). Em 2001, a diferença era maior:
141,3%. Se entre brancos cada vez mais a motivação de se abrir um
negócio é a oportunidade, entre negros a necessidade ainda predomina.
Levantamento feito pela pesquisadora da
Fundação Getúlio Vargas, mostra que a situação se repete no mercado de
trabalho formal. Considerando dados de seis regiões metropolitanas em
2010, a renda média da população economicamente ativa branca era 83%
maior do que a da negra.
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