A
atividade das facções começou a se desenvolver há quase 15 anos no Rio
Grande do Norte e foi conquistando cada vez mais espaço na linha de
produção. O volume produzido nessas unidades saltou de 2 mil por dia, no
início, para cerca de 31,5 mil, até o começo de agosto de 2013. “Também
diversificamos a produção. Começamos fabricando só calças e agora vamos
da jaqueta mais complexa ao short mais simples”, afirma o presidente da
Associação Seridoense de Confecções (Asconf), Leonardo Ferreira de
Azevedo.
A região Seridó é o principal pólo de investimentos na atividade,
concentrando mais de 60% da produção e do número de facções no estado –
com máquinas a todo vapor principalmente nas cidades de Jardim do
Seridó, São José do Seridó e Acari.
Indústrias instaladas nessas e em outras áreas do interior recebem
diariamente peças cortadas para costurar e enviar para grandes empresas
de moda. As roupas chegam em caminhões junto a fichas técnicas que
mostram como devem ser montadas.
Dentro das pequenas unidades de produção, ganham forma, peça por peça. A
meta de produção, segundo a gerente de uma facção instalada em Acari,
Marcília da Guia Baracho de Souza, depende do modelo costurado. “No caso
de uma calça jeans, por exemplo, chegamos a fazer 50 peças por hora.
São 450 peças por dia”.
Em todo o estado, a produção diária chega a 31,5 mil peças de roupa e
movimenta mensalmente R$ 3,6 milhões, incluindo os salários dos
empregados.
A perspectiva do governo é que o Pró-sertão, movido pelas grandes
indústrias, ajude a multiplicar esses números e a catapultar os empregos
gerados principalmente na atividade de costura. Só nas facções que
deverão ser criadas para atender a Guararapes, serão necessários mais de
10 mil trabalhadores.
O número é próximo à população de Acari e semelhante ao que a fábrica
própria do grupo emprega hoje em Extremoz, a 16Km de Natal.
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