quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Passagem aérea fica 17% mais cara




Apesar da aceleração dos preços de importantes alimentos, vestuário e itens de habitação, o grande vilão da inflação em setembro foi o aumento das passagens aéreas, num momento de intensa procura e alta de custos, reflexo do preço mais elevado do combustível que tem cotação em dólar.

Para o consumidor, os bilhetes ficaram 16,9% mais caros em setembro, após uma queda de 0,61% em agosto.

Segundo Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do IBGE, o combustível é o item de maior peso no custo total das companhias aéreas, que embutiram o aumento no preço das passagens. “As companhias alegam que não repassaram tudo, mas algum repasse ocorreu”, afirmou.

Sozinho, o reajuste dos bilhetes aéreos correspondeu a 0,08 ponto percentual do IPCA de 0,35% –ou 24% do índice. Foi o produto que individualmente pesou mais na inflação de setembro –em seguida, veio o pão francês, com impacto de 0,04 ponto percentual, que também sobe na esteira da alta do dólar e do maior custo da importação de trigo.

A coordenadora do IBGE disse que, mesmo em período de baixa temporada, a demanda por passagens aéreas ficou aquecida por conta de dois eventos que movimentaram muitos turistas: o Círio de Nossa Senhora de Nazaré, em Belém, e o festival de música Rock in Rio.

Nesse cenário de maior procura por bilhetes, ficou mais fácil para as companhias repassarem o custo maior com o combustível.
Com o aumento das passagens aéreas, o grupo transporte saiu de uma deflação de 0,06% em agosto para uma alta de 0,44% em setembro –a de maior peso no IPCA do mês.

(Folha de S. Paulo)

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