domingo, 10 de novembro de 2013

Conquistar fama e dinheiro rapidamente faz parte do imaginário popular

20131110-100506.jpg
A história de ascensão e queda do ex-todo poderoso Eike Batista carrega um pouco de cada brasileiro que sonha com uma vida de poder, influência, glamour e, de quebra, acompanhada de lucros repentinos e sem esforços estrondosos. Não à toa, os bilionários da moda exercem tanto fascínio e não demoram a virar celebridades endeusadas: o povo — de maneiras e intensidades diferentes — encontra neles os ingredientes necessários para alimentar ilusões.

Estranhamente, fatos e atitudes que deveriam estimular desconfiança, por vezes, provocam encantamento. É como se os desejosos da riqueza e influência instantâneas necessitassem de modelos para se apoiar e, assim, sedimentar a própria tese. A ganância e a fissura pelos privilégios rondam a humanidade desde sempre, protagonizando decadência de impérios, quebras de pequenas e grandes empresas e traiçoeiras armadilhas na vida privada de tanta gente.

Histórias semelhantes à de Eike causam impacto, deixam lições e, inevitavelmente, logo se repetem. “Querendo ou não, é também resultado do capitalismo, de um sistema de acúmulo de capital de todas as formas e a qualquer custo”, comenta o publicitário e vice-presidente executivo da NBS Comunicação, Dudu Godoy. As derrocadas são fenômenos anunciados, acredita ele. “Ou você acha que as pessoas não sabem que a bolha vai estourar?”, instiga.

Do Correio Braziliense

Nenhum comentário:

Postar um comentário