Há pelo menos 5 mil anos, a malária ronda a humanidade. Manuscritos
egípcios do século 3 a.C. relatam a existência de uma estranha condição
médica — interpretada por muitos como uma maldição dos deuses — que
provocava febre alta, acompanhada de calafrios, vômitos e fortes dores
pelo corpo. Apesar de tão antiga, a doença ainda carece de um remédio de
ampla atuação, que não só aplaque os graves sintomas, mas também
combata a ação do parasita em todas as suas fases, inclusive aquela em
que está latente. Uma pesquisa publicada na revista Nature sugere que a
busca por esse composto pode estar perto do fim.
Atualmente, a droga mais completa no mercado tem mais de meio século:
data de 1952, quando a primaquina foi aprovada pelo Food and Drug
Administration (FDA), dos Estados Unidos. Embora eficaz, a substância
tem sérios efeitos colaterais, sendo o pior deles uma anemia que pode
matar indivíduos com uma deficiência enzimática, comum justamente nas
áreas nas quais a malária é endêmica, o que limita bastante seu uso.
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