terça-feira, 26 de novembro de 2013

Expectativa de vida na América Latina aumenta acompanhada por maior incidência de doenças

Expectativa de vida na América Latina aumenta acompanhada por maior incidência de doençasA população da América Latina e do Caribe aumentou a expectativa de vida em 22 anos desde 1980 e a expectativa é que cresça nessa margem até 2050. Entretanto, viver mais não tem significado viver melhor, segundo o especialista em saúde, nutrição e população do Banco Mundial, o boliviano Fernando Lavandenz, que esteve no VI Fórum Mundial de Ciência, no Rio. "Em 2035, o número de idosos com 60 anos ou mais na região deve superar o de pessoas na faixa de 0 a 14 anos", afirmou. No entanto, segundo o especialista, as pessoas na América Latina e no mundo em geral não estão apenas ficando mais velhas, mas também mais doentes e pobres. 

O Banco Mundial prevê para 2050 um aumento de 35% nos gastos com os idosos latinos, o que deve se agravar pela falta de reformas nos sistemas de saúde dos países. "Temos no máximo 20 anos para nos preparar para isso. É preciso um grande esforço, que inclua reformas nas aposentadorias. Na Bolívia, por exemplo, já existe uma espécie de Bolsa Família para idosos. 

À medida que o indivíduo ganha mais e viver melhor, o governo gasta menos com saúde e redução de pobreza", explicou. De acordo com Lavandenz, as mulheres latinas já chegam aos 80 anos (em países como Chile e Costa Rica) e vivem, em média, sete anos a mais que os homens, diferença bem maior em relação à Europa, onde esse intervalo não passa de três anos. 

As explicações para o desequilíbrio vêm do alto índice de violência e suicídio entre homens, acidentes de trânsito, tráfico de drogas, desgaste em decorrência de trabalhos pesados e doenças. "Os grandes vilões da saúde hoje são a obesidade, o sedentarismo, o cigarro, o sal e o açúcar", enumerou o representante do Banco Mundial. Informações do G1.

Nenhum comentário:

Postar um comentário