quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Leilão de 240 concessões de gás no Brasil tem participação de 12 empresas

Doze empresas participarão do leilão de 240 lotes com reservas de gás.EFE/Arquivo

As garantias exigidas para disputar o leilão que o governo realizará na quinta e na sexta-feira dessa semana para oferecer concessões para a exploração de 240 lotes com reservas de gás em sete diferentes camadas sedimentares foram entregues por 12 empresas, informaram nesta quarta-feira fontes oficiais.

Esta será a primeira vez que o governo federal vai conceder licenças para explorar o chamado gás não convencional no país, cujas técnicas de produção, como a fragmentação hidráulica, são questionadas e até proibidas em algumas nações.

Das 21 empresas que pagaram para disputar o leilão, 12 depositaram as garantias financeiras que permitem a apresentação de ofertas pelos blocos, que serão outorgados ao melhor licitante, disse à Agência Efe um porta-voz da Agência Nacional de Petróleo (ANP).

"As empresas que não depositaram as garantias poderão optar pelas concessões, mas associadas, em consórcios, às petrolíferas que o fizeram", esclareceu o porta-voz.

Os blocos que a ANP oferecerá em um leilão em um hotel do Rio de Janeiro estão localizados principalmente em terra, e têm potencial para a produção de gás natural e de gás não convencional, esclareceu a presidente da ANP, Magda Chambriard.

As licenças para explorar essas áreas serão oferecidas na 12ª rodada de leilões de concessões organizada pela ANP desde 1998, quando o Brasil pôs um fim ao monopólio da Petrobras no setor.

Este será o primeiro leilão exclusivo de áreas com potencial de gás, já que até agora a ANP deu prioridade a blocos marítimos e a terrestres de petróleo.

Da mesma forma, será o primeiro leilão com o objetivo de atrair investimentos para o gás não convencional, como o produzido pela fragmentação em xistos, um segmento de grande potencial e que ajudou os Estados Unidos a reduzir sua dependência de combustíveis importados.

Assim como a 11ª rodada de leilões, realizada em maio, a de amanhã incluirá blocos em estados de pouca tradição petrolífera do Brasil em uma tentativa de diversificar geograficamente os investimentos nesse setor brasileiro.

Os lotes oferecidos, com uma área total de 168.348 km², estão localizados nos estados de Amazonas, Acre, Tocantins, Alagoas, Sergipe, Piauí, Moto Grosso, Goiás, Bahia, Maranhão, Paraná e São Paulo.

Das áreas, 110 estão em novas fronteiras de exploração nas no Acre: Parecis, São Francisco, Paraná e Parnaíba. "É uma forma de atrair investimentos para regiões ainda pouco conhecidas ou com barreiras tecnológicas a serem vencidas, e de permitir o surgimento de novas áreas produtoras", explicou a ANP.

Os outros 130 lotes estão no Recôncavo Baiano e na área entre Sergipe e Alagoas, e sua concessão "pode dar continuidade à exploração e à produção nessas regiões", acrescentou o órgão regulador.

No último leilão de concessões, a ANP outorgou licenças a 30 empresas, 18 delas estrangeiras, para explorar 142 lotes em áreas fora das grandes reservas marítmas das quais o Brasil extrai mais de 90% de seu petróleo.

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