Os
médicos brasileiros concentram-se nas regiões em que há mais recursos, e
não naquelas que mais necessitam do seu trabalho. Foi o que demonstrou o
ministro-chefe interino da Secretaria de Assuntos Estratégicos da
Presidência (SAE/PR) e presidente do Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (Ipea), Marcelo Neri, durante audiência pública sobre o
Programa Mais Médicos realizada nesta terça-feira, 26 de novembro, no
Supremo Tribunal Federal (STF). Coordenada pelo ministro do STF Marco
Aurélio Mello, a audiência pública discutiu a problemática em torno da
decisão do governo federal de trazer para o país médicos estrangeiros no
Programa Mais Médicos, diante da concentração de profissionais de saúde
nas regiões mais ricas do país.
“Os dados mostram com clareza que os médicos estão onde estão os
recursos, e não onde estão as pessoas, principalmente as mais pobres. Há
uma concentração geográfica desses profissionais em determinadas áreas
de maior poder aquisitivo”, disse o ministro ao apresentar um panorama
sobre a oferta e a demanda de médicos no Brasil sob a perspectiva
econômica do programa, com base em dados do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), da Fundação Getúlio Vargas e do Ipea.
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