Para quem acha que vai fazer ótimos negócios aproveitando ofertas da
Black Friday, Stephen Hoch, professor de marketing da prestigiada escola
de negócios Wharton, da Universidade da Pennsylvania, tem um conselho:
não compre nada nessa liquidação.
Hoch produziu uma série de estudos acadêmicos que propõem maneiras de
avaliar o valor do tempo para o ser humano. Numa entrevista ao site
AllThingsD, ele explicou sua visão da Black Friday. É uma visão que se
aplica mais aos Estados Unidos do que ao Brasil. Lá, longas filas se
formam em frente às lojas já na tarde de quinta-feira.
Para Hoch, esperar na fila é perda de tempo. E tempo é, realmente,
dinheiro. “O fato de que você não está realizando atividade remunerada
naquele momento não significa que o tempo não tem valor para você”,
disse. Ele também argumenta que a maior parte das ofertas da Black
Friday pode ser encontrada também em outras épocas do ano.
Em sua avaliação, para a maioria das pessoas, a economia na compra
não compensa o tempo perdido. “Só há um dia pior do que a Black Friday
para comprar. É o Dia de Ação Graças”, disse ele ao AllThingsD, numa
referência às lojas que abrem nesse feriado americano, antecipando a
Black Friday em um dia.
Resumindo, para Hoch, cabe a cada um pôr na balança o tempo gasto em
busca do preço mais baixo e a economia obtida. O valor que a pessoa
atribui a seu próprio tempo vai determinar se a compra vale a pena ou
não. A avaliação parece ser mais favorável nas compras feitas no
comércio eletrônico, que tendem, é claro, a exigir menos tempo do que
aquelas feitas em lojas físicas.
Exame
Nenhum comentário:
Postar um comentário