Uma pesquisa entre as principais economias do mundo mostra que o
estudante brasileiro melhorou muito em matemática, mas ainda é um dos
piores.
A matemática tem fama de difícil, mas os alunos brasileiros foram os
que mais evoluíram na disciplina, nos últimos 10 anos, entre os 65
países avaliados. A nota subiu 35 pontos e chegou a 391, mas ainda
estamos entre os piores, na posição 58.
Para o ministro da Educação, Aloizio Mercadante,
a melhora é significativa, porque nesse período o país colocou na
escola crianças que nunca estudaram. “Se nós retirarmos o fato de nós
termos colocado 420 mil estudantes a mais na sala de aula, o nosso
resultado seria 412. Ou seja, nós teríamos subido ainda mais no ranking.
Por isso a inclusão é um fator relevante de análise”.
Os dados são do PISA, o Programa Internacional de Avaliação de
Estudantes, que, a cada três anos, testa o conhecimento de jovens de 15
anos, em leitura, ciências e matemática, que foi o foco da última
prova.
As melhores notas são dos chineses da região de Xangai. A classificação
por províncias mostra que a educação no Brasil é desigual. O Distrito Federal tem 416 pontos, acima da média nacional, e Alagoas ficou em último lugar com 342 pontos.
Para os especialistas, na prática, as notas dizem que os alunos
brasileiros até sabem somar, subtrair, multiplicar e dividir, mas que a
maior parte dos estudantes ainda não esta preparada para aplicar esses
conceitos no dia a dia.
É justamente desse tipo de habilidade que profissionais vão precisar
para aumentar a produtividade no trabalho e impulsionar o crescimento da
economia. “Nós estamos hoje no país em um momento de envelhecimento
populacional, em que a população de adultos vai ser menor do que é hoje,
e isso implica que a população ativa sendo muito menor vai ter que ser
mais produtiva do que é hoje para sustentar um crescimento maior de
longo prazo”, afirma André Portela de Souza, professor da FGV.
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