quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Pesquisa internacional mostra que estudantes não sabem matemática

Uma pesquisa entre as principais economias do mundo mostra que o estudante brasileiro melhorou muito em matemática, mas ainda é um dos piores.

A matemática tem fama de difícil, mas os alunos brasileiros foram os que mais evoluíram na disciplina, nos últimos 10 anos, entre os 65 países avaliados. A nota subiu 35 pontos e chegou a 391, mas ainda estamos entre os piores, na posição 58.

Para o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, a melhora é significativa, porque nesse período o país colocou na escola crianças que nunca estudaram. “Se nós retirarmos o fato de nós termos colocado 420 mil estudantes a mais na sala de aula, o nosso resultado seria 412. Ou seja, nós teríamos subido ainda mais no ranking. Por isso a inclusão é um fator relevante de análise”.

Os dados são do PISA, o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes, que, a cada três anos,  testa o conhecimento de jovens de 15 anos, em leitura, ciências e matemática, que foi o foco da última prova.

As melhores notas são dos chineses da região de Xangai. A classificação por províncias mostra que a educação no Brasil é desigual. O Distrito Federal tem 416 pontos, acima da média nacional, e Alagoas ficou em último lugar com 342 pontos.

Para os especialistas, na prática, as notas dizem que os alunos brasileiros até sabem somar, subtrair, multiplicar e dividir, mas que a maior parte dos estudantes ainda não esta preparada para aplicar esses conceitos no dia a dia.

É justamente desse tipo de habilidade que profissionais vão precisar para aumentar a produtividade no trabalho e impulsionar o crescimento da economia. “Nós estamos hoje no país em um momento de envelhecimento populacional, em que a população de adultos vai ser menor do que é hoje, e isso implica que a população ativa sendo muito menor vai ter que ser mais produtiva do que é hoje para sustentar um crescimento maior de longo prazo”, afirma André Portela de Souza, professor da FGV.

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