Até o momento em que esta matéria estava sendo escrita, o Rio Grande
do Norte já havia atingido a marca de 1.636 crimes de homicídio durante
todo o ano de 2013. A informação foi confirmada pelo Presidente do
Conselho Estadual dos Direitos Humanos, Marcos Dionísio. De acordo com
Dionísio, São José de Mipibu, Macaíba, Parnamirim, Mossoró e Natal
lideram o ranking das cidades mais violetas do estado com 40, 104, 125,
179 e 569 homicídios respectivamente. Segundo o coordenador do direitos
humanos, Natal teve um aumento de 25% no número de homicídios em relação
ao ano de 2012. A zona Norte da capital continua sendo a região com
maior incidência desse tipo de crime.
Macaíba é a cidade em situação mais alarmante, pois foi o município
que mais cresceu em número de homicídios no ano. Os números crescentes
fizeram o governo implantar uma força tarefa que tinha como objetivo
reduzir a violência constante em Macaíba. Contraditoriamente, do período
em que o grupo foi implantado, em outubro deste ano, até esta semana já
foram registrados mais 24 homicídios na cidade. “A força tarefa é mais
uma ficção”, declarou Dionísio.
O crescimento de assassinatos em determinados grupos sociais também
registrou números significativos. Em 2013 morreram mais mulheres,
crianças, adolescentes e jovens do que em 2012. De Janeiro a dezembro
deste ano, foram assassinadas 110 mulheres em todo o estado.
Para 2014, Dionísio aponta como desafio equilibrar o crescimento de
algumas regiões do estado, como o município de São Gonçalo do Amarante,
que ganhará um novo aeroporto, com um provável movimento migratório da
violência. Segundo ele, o município tende a absorver a violência de
cidades fronteiriças como Macaíba e Parnamirim. “Como preparar São
Gonçalo para enfrentar a violência que a riqueza que passará pela cidade
atrairá a partir do novo aeroporto, sem mais policiais”, questiona.
A não atualização do efetivo policial e a falta de estrutura das
instituições que compõem a segurança pública do RN também estão entre as
mazelas apontadas por Dionísio. Segundo ele o governo não tem convocado
novos policiais civis formados e nem os remanescentes do último
concurso da Polícia Militar. Recentemente o governo firmou um acordo com
o Sinpol se comprometendo a convocar 20 policiais civis por mês.
Segundo ele, o poder executivo já está devendo 60 convocações.
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