sábado, 25 de janeiro de 2014

A cinco meses da Copa, situação das obras nos aeroportos preocupa governo

Após uma semana percorrendo seis aeroportos das cidades-sede da Copa do Mundo, o ministro da Aviação Civil, Moreira Franco, admitiu que pelo menos um terminal não terá as obras de reforma e ampliação concluídas - a menos de cinco meses do torneio. O aeroporto de Fortaleza está com pouco mais de 25% das obras concluídas. Em Cuiabá, a situação também é classificada como "grave".

"Claro que surpresa não foi", resumiu o ministro, na última terça-feira, durante a inspeção em Fortaleza. Quem passa pelo terminal enfrenta um caos viário no acesso, falta de sinalização, além de um terminal com falhas de serviço. A prometida ampliação está ainda na fase de vigas e em substituição, uma estrutura provisória de lona será instalada no local.
As obras no Aeroporto Pinto Martins foram orçadas em R$ 311 milhões, e iniciadas ainda em junho de 2012. Estavam previstas a ampliação do terminal de passageiros, da área de embarque e desembarque e dos fingers (pontes que ligam as salas de embarque até as aeronaves). A capacidade projetada para o ano é de 8,6 milhões de passageiros, para um fluxo esperado de 6,8 milhões de turistas.

"Não é possível continuar com esse nível de desempenho das empreiteiras que ganham as licitações e não cumprem o cronograma", afirmou o ministro. Segundo ele, a responsabilidade das falhas é das empresas, que poderão ser punidas. "Não penso em punição agora. O objetivo é resolver o problema."

Em Fortaleza, as empresas que realizam a obra são as mesmas que venceram a licitação no Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio. As obras também estão atrasadas e devem ser assumidas pelas futuras concessionárias.

Além dos atrasos, os trabalhadores da obra realizaram uma greve no terminal na semana anterior à visita do ministro. Segundo o Sindicato da Construção Civil do Ceará, eles estavam com os salários atrasados e sem receber benefícios.

Segundo a Infraero, a estrutura provisória será semelhante à usada em Londres durante a Olimpíada de 2012 e também no sorteio dos jogos da Copa, na Costa do Sauipe, em novembro. O custo estimado é de R$ 3,5 milhões para a estrutura que terá bares, lanchonetes e lojas de conveniência. A mesma solução será usada em outros terminais, como Confins.

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