Condenado
a 7 anos e 11 meses de prisão no processo do mensalão, o ex-ministro
José Dirceu pode deixar o complexo da Papuda e migrar para o regime
aberto após cumprir dez meses da pena, ou seja, ainda neste ano.
A
hipótese dependerá da autorização judicial para trabalhar, já
solicitada, e da capacidade de Dirceu de gerenciar seu tempo entre o
eventual trabalho durante o dia, estudos e leitura de livros
-aproveitando assim todos os benefícios disponíveis para detentos do
regime semiaberto para a redução de pena.
De acordo com a lei, o preso pode pedir a chamada progressão de regime após cumprir um sexto de sua pena.
No
caso de Dirceu, em um ano e quatro meses ele já estará apto a deixar o
presídio e seguir para o regime aberto, quando só é preciso dormir numa
Casa do Albergado. Há grandes chances também de ele passar a cumprir
pena em casa, como acontece na maioria dos casos, por falta de
albergues.
Se
trabalhar, Dirceu descontará um dia de pena para cada três de
atividade; se estudar, abaterá, também a cada três dias, mais um de sua
pena. Por fim, outros quatro dias podem ser descontados por mês se o
preso ler um livro e escrever uma resenha sobre ele para provar a
leitura e interpretação próprias.
Folha de São Paulo - DE BRASÍLIA
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