A Polícia Civil de São Paulo apreendeu 60 kg de carne de
cachorro e gato em um matadouro clandestino descoberto na manhã desta
quinta-feira no bairro Miguel Badra, na cidade de Suzano, na Grande São
Paulo.
Segundo o delegado Anderson Pires Gianpaoli, da 2ª Delegacia de Saúde Pública do DPPC (Departamento de Polícia e Proteção à Cidadania), o casal detido pelo crime recolhia animais abandonados nas ruas há três anos. Eles atraíam os animais com pedaços de carne e ossos, aguardavam um período de engorda, e os matavam a machadadas. O corpo, então, era recortado em pedaços, que ficavam armazenados em refrigeradores. A pelé e os pelos dos animais, assim como pedaços da carcaça, eram queimados com maçarico. Segundo o delegado, eles faziam isso para evitar deixar vestígios do crime.
A carne era vendida por preços entre R$ 180 e 220. Eles só matavam sob encomenda, mas a polícia afirma que eram comercializados cerca de dez animais por semana. Segundo o delegado, como a carne não tinha procedência, poderia estar contaminada. No matadouro, os policiais encontraram três cachorros vivos, que não aguardavam a morte. Eles estavam vacinados e eram tutelados pelo casal.
Bom Retiro
Também foram presos nesta quinta quatro coreanos responsáveis por dois restaurantes do bairro Bom Retiro, na região central de São Paulo, onde a polícia afirma que a carne era vendida. Nos locais foram apreendidos pedaços de carne que ainda vão passar por perícia para apontar se são de cachorros ou gatos. A polícia encontrou documentos e agendas em que consta o telefone do casal de Suzano.
Em um dos restaurantes foram apreendidos cardápios com imagens de cachorro com a legenda “quem sabe, sabe” em coreano. Todos os envolvidos serão indiciados por maus-tratos contra animais, crime de relação de consumo e formação de quadrilha. Segundo o delegado, se condenados, a pena pelos crimes pode variar entre 2 a 10 ano
“Eu poderia fazer uma comparação com a legislação da Holanda, que permite, por exemplo, o consumo de entorpecentes. O fato de um holandês vir pra ca não o possibilita de comprar entorpecentes para consumir. Se no país oriental de onde estes estrangeiros vieram isso é permitido, obviamente eles não podem, sob o manto dessa cultura, querer no nosso país praticar este tipo de crueldade e consumir este tipo de carne”, disse o Gianpaoli.
Extradição
A polícia recebeu uma denúncia relacionada ao crime há cerca de um mês. Agentes se infiltraram na comunidade oriental do Bom Retiro até descobrirem o matadouro. “O mais importante era descobrir quem eram os promotores da matança”, disse o delegado.
No fim da tarde, o deputado federal Ricardo Tripoli (PSDB-SP) enviou ofício ao ministro da Justiça, Tarso Genro, solicitando informações sobre a situação jurídica dos coreanos presos. O deputado disse que, caso estejam irregulares no país, poderá pedir formalmente a extradição.
Todos os presos, que negam envolvimento com os crimes, serão encaminhados ao CDP (Centro de Detenção Provisória) de Pinheiros. Os advogados dos suspeitos não quiseram se pronunciar. Em 1996, a polícia de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, prendeu um brasileiro e um coreano acusados de matar cães e vender a carne para três restaurantes do Brás, na região central de São Paulo. Na época, eles afirmaram que cobravam R$ 30 por animal.
JusBrasil
Segundo o delegado Anderson Pires Gianpaoli, da 2ª Delegacia de Saúde Pública do DPPC (Departamento de Polícia e Proteção à Cidadania), o casal detido pelo crime recolhia animais abandonados nas ruas há três anos. Eles atraíam os animais com pedaços de carne e ossos, aguardavam um período de engorda, e os matavam a machadadas. O corpo, então, era recortado em pedaços, que ficavam armazenados em refrigeradores. A pelé e os pelos dos animais, assim como pedaços da carcaça, eram queimados com maçarico. Segundo o delegado, eles faziam isso para evitar deixar vestígios do crime.
A carne era vendida por preços entre R$ 180 e 220. Eles só matavam sob encomenda, mas a polícia afirma que eram comercializados cerca de dez animais por semana. Segundo o delegado, como a carne não tinha procedência, poderia estar contaminada. No matadouro, os policiais encontraram três cachorros vivos, que não aguardavam a morte. Eles estavam vacinados e eram tutelados pelo casal.
Bom Retiro
Também foram presos nesta quinta quatro coreanos responsáveis por dois restaurantes do bairro Bom Retiro, na região central de São Paulo, onde a polícia afirma que a carne era vendida. Nos locais foram apreendidos pedaços de carne que ainda vão passar por perícia para apontar se são de cachorros ou gatos. A polícia encontrou documentos e agendas em que consta o telefone do casal de Suzano.
Em um dos restaurantes foram apreendidos cardápios com imagens de cachorro com a legenda “quem sabe, sabe” em coreano. Todos os envolvidos serão indiciados por maus-tratos contra animais, crime de relação de consumo e formação de quadrilha. Segundo o delegado, se condenados, a pena pelos crimes pode variar entre 2 a 10 ano
“Eu poderia fazer uma comparação com a legislação da Holanda, que permite, por exemplo, o consumo de entorpecentes. O fato de um holandês vir pra ca não o possibilita de comprar entorpecentes para consumir. Se no país oriental de onde estes estrangeiros vieram isso é permitido, obviamente eles não podem, sob o manto dessa cultura, querer no nosso país praticar este tipo de crueldade e consumir este tipo de carne”, disse o Gianpaoli.
Extradição
A polícia recebeu uma denúncia relacionada ao crime há cerca de um mês. Agentes se infiltraram na comunidade oriental do Bom Retiro até descobrirem o matadouro. “O mais importante era descobrir quem eram os promotores da matança”, disse o delegado.
No fim da tarde, o deputado federal Ricardo Tripoli (PSDB-SP) enviou ofício ao ministro da Justiça, Tarso Genro, solicitando informações sobre a situação jurídica dos coreanos presos. O deputado disse que, caso estejam irregulares no país, poderá pedir formalmente a extradição.
Todos os presos, que negam envolvimento com os crimes, serão encaminhados ao CDP (Centro de Detenção Provisória) de Pinheiros. Os advogados dos suspeitos não quiseram se pronunciar. Em 1996, a polícia de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, prendeu um brasileiro e um coreano acusados de matar cães e vender a carne para três restaurantes do Brás, na região central de São Paulo. Na época, eles afirmaram que cobravam R$ 30 por animal.
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