O ano de 2013 foi um dos mais violentos para o Rio Grande do
Norte, que chega ao dia 31 de dezembro registrando 1.636 homicídios e
quase três mil veículos roubados. Sem contar nos cerca de 900 assaltos a
ônibus e microônibus do sistema de transporte público ocorridos somente
na Região Metropolitana de Natal e nos 46 ataques a agências bancárias,
sendo 19 com o uso de explosivos, registrados em todo o Estado. Mas, há
pelo menos uma boa notícia, a polícia conseguiu retirar de circulação
quase cinco toneladas de drogas este ano.
Para o presidente do Conselho Estadual de Direitos Humanos
(Coedh/RN), Marcos Dionísio, o número oficial de homicídios ocorridos no
Rio Grande do Norte neste ano pode ser ainda maior, já que muitos casos
nem chegam ao conhecimento dos órgãos de segurança pública ou da
imprensa. Esse é o caso dos assassinatos cometidos muitas vezes em áreas
rurais ou municípios distantes da capital, onde é feito o levantamento
dos registros.
Entre os municípios com os maiores números de homicídios registrados
no Estado estão Natal, que já contabiliza cerca de 600 crimes; Mossoró,
com 179 mortes violentas; Parnamirim, que tinha registrado até o mês
passado 120 execuções e Macaíba, com 104. Os dados do Coedh/RN, são
assustadores e geralmente refletem um mesmo perfil das vítimas, ou seja,
jovens moradores de comunidades menos abastadas ou carentes, sem acesso
a serviços essenciais como educação, saúde e infraestrutura.
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