A
‘facilidade’ encontrada para motoristas sem habilitação em comprar e
utilizar ciclomotores, as chamadas ‘cinquentinhas’, está com os dias
contados. A Polícia Rodoviária Federal e o Ministério Público do RN
estão à frente da campanha que busca a regulamentação desse tipo de
transporte.
Atualmente,
os municípios que participam do Sistema Nacional de Trânsito, que no
Rio Grande do Norte são 14 no total (Assu, Extremoz, Lagoa de Pedras,
Macaíba, Maxaranguape, Monte Alegre, Mossoró, Natal, Parnamirim, Rio do
Fogo, Santana dos Matos, São Gonçalo do Amarante, Tangará e Touros), são
os responsáveis pela regulamentação dos ciclomotores (assim como outras
motocicletas). Porém, na reunião que aconteceu nesta (7), na sede da
Procuradoria-Geral de Justiça, em Candelária, um Projeto de Lei que já
existe desde 2010 foi aprovado e servirá para passar essa
responsabilidade para o Estado e consequentemente deixar o Departamento
Estadual de Trânsito (Detran) a cargo da regulamentação.
O
maior problema das ‘cinquentinhas’ é que elas não são registradas e por
isso não possuem placas. Assim, vários crimes de trânsito (como andar
sem capacete e sem habilitação) acabam ficando sem solução pela
complicação de se identificar quem estava no ciclomotor.
A
partir da aprovação do Projeto de Lei, uma campanha educativa deve ser
iniciada e os usuários antigos do ciclomotor terão 12 meses para
regulamentar o veículo, pagando uma taxa de R$ 65 mais o seguro
obrigatório, que atualmente é de R$ 295. Os donos de ‘cinquentinhas’ não
precisarão pagar o IPVA (Imposto Sobre a Propriedade de Veículos
Automotores).
Inicialmente,
a intenção era de que o prazo para a regulamentação fosse de seis
meses, mas o Chefe do Gabinete do Detran, Manoel Ferreira, alegou que
seria necessário um prazo maior, já que não existe um número exato de
quantos usuários de ciclomotores existem, o que poderia prejudicar o
atendimento.
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