segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Dilma diz que ciclo do PT não acabou em festa do partido

A comemoração de 34 anos de fundação do PT nesta segunda-feira foi palco para duros discursos contra a oposição, e a presidente Dilma Rousseff classificou de mentirosos aqueles que apontam o fim do ciclo do partido no comando do país.

"Quero voltar aos que dizem que Brasil não tem futuro e que nosso modelo se esgotou. Quero voltar aos que apontam problemas conjunturais como falsa prova de esgotamento do modelo e que nosso futuro está ameaçado", disse Dilma, sob aplausos, na festa realizada em São Paulo.

"Tal afirmação é mais do que uma mentira, é uma agressão ao bom senso e à autoestima dos brasileiros", acrescentou.

Nas últimas semanas, os dois principais adversários dela na disputa pela Presidência, o senador tucano Aécio Neves (MG) e o governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos, têm elevado o tom das críticas ao governo, apontando falhas na gestão econômica e política de Dilma.

Campos chegou a afirmar que o pacto político do PT está "mofado".
"Eles têm... a cara de pau de dizer que o ciclo do PT acabou, que o nosso modelo se esgotou, que nós demos o que tínhamos de dar", afirmou a presidente, referindo-se ao programa de televisão do PSB do ano passado.

Dilma reiterou as críticas aos que chama de "pessimistas", que aproveitam desequilíbrios da conjuntura internacional para dizer "que o fim do mundo chegou".
"O fim do mundo chegou, sim, mas chegou para eles e isso faz muito tempo", atacou Dilma.

A presidente perdeu parte de sua popularidade desde o início dos protestos em junho do ano passado, mas desde então recuperou a aprovação e hoje lidera as pesquisas eleitorais, inclusive com chances de vencer no primeiro turno.

Apesar disso, dentro do PT há críticas pela sua falta de combatividade política em defesa do governo e do modelo petista de gestão. Há integrantes do PT que temem, inclusive, que isso dificulte sua reeleição e não mobilize o suficiente a ampla base aliada construída desde 2010 e que dá sustentação ao governo no Congresso.

O evento do PT, além de comemorar os 34 anos de fundação do partido, serviu para dar a arrancada extraoficial à campanha de reeleição de Dilma e do ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha ao governo de São Paulo.

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