sábado, 8 de fevereiro de 2014

Falso Promotor de Justiça tenta aplicar golpes em familiares de presos custodiados no CDP de Apodi

Um homem ainda não identificado pela policia, se passando por Promotor de Justiça do Estado do Rio Grande do Norte, tentou conseguir a lista dos presos e contatos de familiares para aplicar um golpe nos parentes dos presos custodiados no Centro de Detenção Provisória de Apodi (CDP).

De acordo com a direção do CDP de Apodi, o homem ligou para o telefone fixo da Delegacia de Policia e CDP de Apodi – ligação originada de um terminal de celular do Estado do Ceará – na ligação o homem solicitava a lista de todos os presos que cumprem pena no estabelecimento penitenciário e os telefones dos seus respectivos familiares, bem como endereço residencial, para informar da realização de um mutirão que seria realizado na próxima segunda-feira, onde alguns apenados iriam ganhar liberdade, graças a uma nova lei com a finalidade de desafogar os presídios do Brasil.

Desconfiado da ligação telefônica, o diretor da unidade, agente penitenciário, Márcio Morais, tratou de acionar o delegado da cidade, Renato da Silva Oliveira e o promotor da Comarca de Apodi, Silvio Brito, para comunicar o ocorrido, e logo fora constatado, que não se tratava de um promotor e sim de um estelionatário especialista em aplicar golpes em familiares de presos.

Em 2013 uma ligação telefônica semelhante para o CDP de Apodi, contribuiu para que um estelionatário, aplicasse um golpe de R$ 400,00 em um familiar de um apenado, o homem se passava por promotor de justiça e garantia que seria realizado um mutirão e o preso seriam liberados, mas para isso seria necessário a esposa do preso fazer um deposito de R$ 400,00.

“O homem fala muito bem e tem conhecimento jurídico, ele só pecou porque ligou de um telefone celular com o prefixo do Estado do Ceara e com a mesma historia do estelionatário do ano passado, isso não colou, mas é bom que os companheiros agentes penitenciários de outras unidades fiquem atentos para não cair no golpe”, comentou diretor Marcio Morais que preservou os nomes dos apenados e os endereços e contatos telefônicos dos seus familiares para evitar novos golpes.

O golpe funciona da seguinte maneira. O farsante fazendo-se passar por Promotor de Justiça, telefona para unidades prisionais, solicitando relação dos presos custodiados na unidade, contatos telefônicos e endereços dos parentes dos presos, sempre dizendo que o Ministério Público vai realizar um Mutirão naquela unidade. De posse da lista de apenados, contatos telefônicos e endereços dos familiares dos apenados, o falso promotor ligava e ficava extorquindo os familiares, cm a promessa de liberar o preso.

Magno César 

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