Um homem ainda não identificado pela
policia, se passando por Promotor de Justiça do Estado do Rio Grande do
Norte, tentou conseguir a lista dos presos e contatos de familiares para
aplicar um golpe nos parentes dos presos custodiados no Centro de
Detenção Provisória de Apodi (CDP).
De acordo com a direção do CDP de Apodi,
o homem ligou para o telefone fixo da Delegacia de Policia e CDP de
Apodi – ligação originada de um terminal de celular do Estado do Ceará –
na ligação o homem solicitava a lista de todos os presos que cumprem
pena no estabelecimento penitenciário e os telefones dos seus
respectivos familiares, bem como endereço residencial, para informar da
realização de um mutirão que seria realizado na próxima segunda-feira,
onde alguns apenados iriam ganhar liberdade, graças a uma nova lei com a
finalidade de desafogar os presídios do Brasil.
Desconfiado da ligação telefônica, o
diretor da unidade, agente penitenciário, Márcio Morais, tratou de
acionar o delegado da cidade, Renato da Silva Oliveira e o promotor da
Comarca de Apodi, Silvio Brito, para comunicar o ocorrido, e logo fora
constatado, que não se tratava de um promotor e sim de um estelionatário
especialista em aplicar golpes em familiares de presos.
Em 2013 uma ligação telefônica
semelhante para o CDP de Apodi, contribuiu para que um estelionatário,
aplicasse um golpe de R$ 400,00 em um familiar de um apenado, o homem se
passava por promotor de justiça e garantia que seria realizado um
mutirão e o preso seriam liberados, mas para isso seria necessário a
esposa do preso fazer um deposito de R$ 400,00.
“O homem fala muito bem e tem
conhecimento jurídico, ele só pecou porque ligou de um telefone celular
com o prefixo do Estado do Ceara e com a mesma historia do
estelionatário do ano passado, isso não colou, mas é bom que os
companheiros agentes penitenciários de outras unidades fiquem atentos
para não cair no golpe”, comentou diretor Marcio Morais que preservou os
nomes dos apenados e os endereços e contatos telefônicos dos seus
familiares para evitar novos golpes.
O golpe funciona da seguinte maneira. O
farsante fazendo-se passar por Promotor de Justiça, telefona para
unidades prisionais, solicitando relação dos presos custodiados na
unidade, contatos telefônicos e endereços dos parentes dos presos,
sempre dizendo que o Ministério Público vai realizar um Mutirão naquela
unidade. De posse da lista de apenados, contatos telefônicos e endereços
dos familiares dos apenados, o falso promotor ligava e ficava
extorquindo os familiares, cm a promessa de liberar o preso.
Magno César
Nenhum comentário:
Postar um comentário