A
manifestação contra a realização da Copa no Brasil, que aconteceu ontem
em São Paulo, deixou um saldo de 260 prisões. Todos eles, segundo a
Secretaria de Segurança Pública, foram liberados entre a noite
de sábado, 22, e a manhã deste domingo, 23. O protesto Não Vai Ter Copa,
que reuniu cerca de mil manifestantes na região central da cidade,
registrou o maior saldo de prisões em manifestações.
No centro de São Paulo, houve
quebra-quebra e agressões feitas por manifestantes e por policiais
militares. Os participantes do ato foram cercados e detidos pelos
integrantes do pelotão ninja, o grupo de policiais especializados em
artes marciais. Os detidos foram encaminhados para várias Delegacias,
por cinco ônibus que ficaram à disposição dos policiais durante toda a
manifestação. Até as 23h de sábado, 30 ainda permaneciam no Distrito
Policial, que concentrou o maior número de pessoas, mas acabaram sendo
todos liberados.
Segundo o coletivo Advogados Ativistas, a
polícia fez um boletim de ocorrência coletivo no qual acusa os
manifestantes por desacato, resistência, desobediência e lesão corporal.
O crime de lesão estaria relacionado a uma policial militar que quebrou
o braço durante o protesto. Segundo o advogado André Zanardo, os
manifestantes estão sendo fotografados e fichados como uma forma de
intimidação para as esvaziar as ruas.
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