A bancada do PCdoB na Câmara entrou com representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) contra a apresentadora Rachel Sheherazade e
o SBT por crime de apologia e incitamento ao crime, à tortura e ao
linchamento. Além da abertura de inquérito, o partido quer que o governo
federal corte o repasse da verba publicitária para a emissora enquanto
durar o processo e, em caso de condenação, tome providência para cassar a
concessão pública do Sistema Brasileiro de Televisão por inidoneidade.
A representação foi entregue ontem (11) à PGR pela líder da bancada na
Câmara, Jandira Feghali (PCdoB-RJ). Caberá ao procurador-geral, Rodrigo
Janot, dar andamento ou não aos pedidos. Segundo informações levantadas
pelo partido, o governo federal destina mais de R$ 150 milhões por ano
ao SBT em publicidade, por meio da Secretaria de Comunicação Social da
Presidência.
Para o PCdoB, a apresentadora cometeu crime ao exaltar o comportamento
de um grupo de pessoas que resolveu punir ao seu modo um adolescente de
16 anos acusado de cometer furtos no bairro do Flamengo, no Rio. O rapaz
foi preso nu a um poste. Teve o pescoço acorrentado por uma trava de
bicicleta e parte da orelha cortada. Ele só foi solto após uma moradora
da região chamar os bombeiros.
Após a exibição da reportagem, Rachel disse que era “compreensível” a
ação dos chamados “justiceiros” por causa do clima de insegurança nas
ruas e da ausência de Estado. Ela também criticou a atuação de entidades
e militantes dos direitos humanos. “Faça um favor ao Brasil. Leve um
bandido para casa.”
A apresentadora diz que apenas expressou sua opinião e que não defendeu a ação dos chamados “justiceiros”
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