A ajuda que o governo está concedendo
para as distribuidoras de energia pode pesar no bolso do consumidor.
Segundo cálculos de consultores e analistas do setor de energia, se o
governo fizesse o reajuste neste ano, de uma só vez, as tarifas
aumentariam, em média, mais de 20%.
Além de pesar diretamente no orçamento
doméstico, o aumento teria um impacto sobre a inflação de 0,56 ponto
porcentual. O aumento da energia, sozinho, elevaria a inflação do ano
para a casa de 6,56% – ou seja, acima da meta de 6,5%.
Os cálculos levam em consideração uma
premissa: cada bilhão de gasto no setor de energia equivale hoje a cerca
de 1% de reajuste na conta de luz. O analista da J. Safra Corretora,
Sérgio Tamashiro, estima que cada R$ 1 bilhão de perdas representa 1,1%
de elevação na conta de luz.
Como, do ano passado pra cá, a conta já
soma R$ 21 bilhões, a alta chegaria a 23% nas tarifas de energia, sem
considerar o reajuste de inflação.
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