Cerca de 500 pescadores de Apodi, município da região Oeste do Rio Grande do Norte,
estão desempregados. A principal fonte de pescado, a lagoa do Apodi,
que também é um importante ponto turístico da cidade, está praticamente
seca.
O problema piora devido ao rompimento de uma barragem em 2008. Esse
dique garantia que a água que desce pelo rio Apodi-Mossoró, voltasse em
parte para a lagoa e a mantivesse sempre cheia. Agora a espera é pela
autorização do DNIT para a realização de uma obra que mantenha a lagoa
gerando renda para os trabalhadores.
Devido a estiagem que praticamente secou a lagoa, os pescadores
abandonaram as canoas e o local virou um curral. Alguns criadores
plantam capim e levam o gado para pastar na área, os trabalhadores agora
estão buscando outra fonte de renda. "A gente está se virando como
pode, uns estão trabalhando em vassoura, tentando fazer uma produção na
palha, outros vão trabalhar na agricultura, fazendo cerca, brocar. Eu
mesmo passei agora dois meses trabalhando cerca, mas já estou há mais de
dois meses parados", diz Anael Alves, vice-presidente da colônia dos
pescadores.
A água que sai das comportas da barragem de Santa Cruz e alimenta o rio
Apodi poderia abastecer a lagoa. Era isso que acontecia até 2008, mas
uma cheia rompeu a parede da represa.
Segundo o secretário de agricultura do município, a barragem Júlio
Marinho, que rompeu há seis anos, não pode ser refeita porque legalmente
ela não existe. A crise no setor levou os pescadores a abrirem um
canal que desviasse a água para a lagoa, mas o serviço foi desfeito
devido a pouca vazão. A solução seria a abertura de uma canal similar ao
que os pescadores fizeram, mas para isso, o DNIT teria que autorizar a
obra, já que uma parte do canal passaria por baixo da BR-405.
G1-RN
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