O
Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) espera uma
manifestação oficial do novo Secretário de Segurança Púbica e Defesa
Social, general Eliéser Girão Monteiro Filho, para doar o prédio
inutilizado na esquina da Rua José de Alencar com a Avenida Deodoro da
Fonseca, no bairro do Tirol.
Segundo
a assessoria de imprensa do MPRN, a intenção é que o ofício para doar o
prédio seja assinado ainda nesta semana, quando o Procurador-Geral de
Justiça, Rinaldo Reis, retornar de viagem à capital federal. Mas não sem
o aceno do chefe da segurança pública estadual. No local, funcionaria a
Divisão de Homicídios da Polícia Civil do Estado. Essa é uma das
medidas previstas no Brasil Mais Seguro, programa federal com adesão do
governo do Estado.
Apesar
do Ministerio Público do Estado ter gasto R$ 800 mil com a compra em
2008, o prédio de três pavimentos ficou abandonado desde então. O
edifício foi adquirido mesmo sem acessibilidade para pessoas com
deficiência e vagas de estacionamento suficientes na avaliação do MPE. O
órgão ministerial queria abrigar as promotorias criminais no prédio da
Cidade Alta. Em vez de 12 vagas na garagem, seriam necessárias 15.
Na
época, o promotor de defesa do consumidor, José Augusto Peres, era o
Procurador-Geral de Justiça do RN. Segundo ele, o edifício não possuía
alvará de funcionamento e, por isso, não foi ocupado pelo MPE.
Só
em 2011, a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte aprovou a lei
9.483/11 que autoriza o Ministério Público a vender o prédio para um
particular. Apenas neste mês foi realizada a licitação na tentativa de
vendê-lo, mas ninguém se interessou. Agora o objetivo do MPE é doá-lo
para o governo do Estado.
Seis
anos depois da sua aquisição, o edifício tem infiltrações em vários
pavimentos. O ambiente também virou refúgio para os consumidores de
drogas ilícitas. A assessoria de imprensa do MPE não soube responder o
porque das outras gestões não terem utilizado o prédio de R$ 800 mil.
Nas condições estruturais em que se encontra, o Governo do Estado terá
que investir mais dinheiro público para tornar a estrutura viável.
A
equipe de reportagem d' O JORNAL DE HOJE tentou contato com a Delegacia
Geral de Polícia Civil, mas não obteve resposta do Delegado-geral até o
fechamento desta edição. Também procuramos a Secretaria de Segurança
Pública, mas sem sucesso.
FONTE: JORNAL DE HOJE
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