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Brasil já perdeu de goleada a disputa para evitar gastos públicos na
construção e reforma dos doze estádios da Copa do Mundo. Em 2007, quando
o país foi escolhido para sediar o torneio, a previsão era de um custo
de 2,5 bilhões de reais, bancado na maior parte por meio de
financiamento privado.
Sete anos depois, já foram consumidos
9,1 bilhões de reais, 94% deles vindos do dinheiro dos impostos dos
brasileiros e de contratos a juros amigos com o BNDES. Agora, a três
meses da abertura, uma jogada já na prorrogação ampliará o placar.
Quando o contrato para a construção dos
estádios foi assinado, não estava claro quem deveria arcar com a
instalação das estruturas provisórias, como centro de imprensa, área
vip, estacionamento, equipamentos de segurança, geradores de energia e
outros itens que serão usados apenas durante o torneio. Mas uma mudança
feita em fevereiro de 2009 definiu que os custos seriam pagos pelos
donos dos estádios.
Como nove estádios pertencem a governos
estaduais, e em ao menos uma das três arenas privadas (a de Curitiba) o
poder público já concordou em arcar com o prejuízo, o resultado será uma
despesa extra de cerca de 400 milhões de reais. A conta da Copa, com
isso, já se aproxima dos 10 bilhões de reais.
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