O tenente da Polícia Militar Iranildo Félix
é investigado por três homicídios ocorridos neste ano no Rio Grande do
Norte. A delegada-adjunta da Divisão Especializada de Investigação e
Combate ao Crime Organizado (Deicor), Daniele Filgueira, confirmou que
além da morte do lutador de MMA Luiz de França Trindade, o oficial da PM também é investigado por outros dois homicídios. Um deles da ex-mulher dele, a estudante de Direito Izânia Maria Bezerra Alves, de 31 anos.
O outro assassinato investigado não foi revelado pela delegada-adjunta,
que concedeu entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira (24)
sobre o caso do lutador. O oficial da PM nega os crimes contra o lutador
e a ex-mulher.
Preso nesta segunda, o tenente ameaçou testemunhas durante as investigações.
De acordo com o delegado Sílvio Fernando, titular da 11ª Delegacia de
Polícia Civil, as ameaças foram uma das justificativas para o pedido de
prisão temporária contra o PM. O crime aconteceu na manhã do dia 10 de
fevereiro deste ano na calçada de uma academia na zona Sul de Natal.
"Estava ameaçando três testemunhas. Por isso foi pedida a temporária, além de outros elementos que foram levados em conta, como as contradições nos depoimentos dele", afirma Fernando.
"Estava ameaçando três testemunhas. Por isso foi pedida a temporária, além de outros elementos que foram levados em conta, como as contradições nos depoimentos dele", afirma Fernando.
Para a polícia, o crime foi motivado por uma desavença depois que o
tenente foi expulso da academia Alta Performance, onde tinha aulas com o
atleta. "Luiz dava aulas técnicas, voltadas para mulheres que queriam
perder peso. Já Iranildo queria ter aulas com mais violência e acabou
desafiando o professor para uma luta.
Eles se desentenderam, o dinheiro
da mensalidade do tenente foi devolvido e ele acabou expulsou por
indisciplina", afirmou o delegado Sílvio Fernando, que preside uma
comissão responsável pela investigação. "Foi um motivo tão banal que ele
será indiciado por homicídio duplamente qualificado, já que o motivo
foi fútil e a vítima não teve chance alguma de defesa", acrescentou.
Ainda de acordo com o delegado, "Iranildo foi encaminhado ao Quartel do Comando Geral da Polícia Militar", onde ficará à disposição da Justiça.
Ainda de acordo com o delegado, "Iranildo foi encaminhado ao Quartel do Comando Geral da Polícia Militar", onde ficará à disposição da Justiça.
Segundo o comandante geral da Polícia Militar do Rio Grande do Norte,
coronel Francisco Araújo Silva, o tenente recebeu voz de prisão no
momento em que prestava depoimento sobre a morte da ex-mulher, Izânia
Maria Bezerra Alves, vítima de disparos de arma de fogo no dia 16 de
fevereiro em Macaíba, cidade da Grande Natal. "Ele estava dando
esclarecimentos sobre o motivo de estar armado e usando colete à prova
de balas naquele dia", afirmou.
Fonte: G1-RN
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