A busca pelo avião desaparecido da
Malaysia Airlines em áreas remotas do oceano Índico se tornou submarina
nesta sexta-feira, quando um equipamento da Marinha norte-americana
especializado na detecção de caixas-pretas começou a ser usado no local.
Há pressa na operação, já que a bateria
do dispositivo que emite sinais de localização da caixa-preta deve se
esgotar nos próximos dias.
Autoridades da Austrália, país que serve
de base para as buscas, disseram que o chamado Localizador Rebocado de
Sinais será puxado pelo navio local HMAS Ocean Shield, fazendo buscas
numa rota convergente de 240 quilômetros com o navio britânico de
pesquisas HMS Echo.
O voo MH370 desapareceu em 8 de março,
cerca de uma hora depois de decolar de Kuala Lumpur com destino a
Pequim. Radares e satélites indicam que ele fez uma brusca mudança de
rota e passou a viajar numa direção que o levaria ao oceano Índico, a
oeste da Austrália, mas não há pistas que expliquem o que aconteceu.
"A área de maior probabilidade quanto a
onde a aeronave pode ter entrado na água é a área onde a busca submarina
irá começar", disse a jornalistas em Perth o brigadeiro da reserva
Angus Houston, diretor da agência australiana que comanda as buscas.
Segundo ele, a caixa-preta emite um sinal durante até 30 dias -- prazo que se completa na segunda-feira.
Especialistas alertam que o equipamento
localizador dos EUA terá utilidade limitada se não for usado perto de
onde está a caixa-preta, e observam que seu uso fica ainda mais restrito
por causa da demora em rebocá-lo de um ponto para outro.
Houston disse que o uso do equipamento
não elimina a busca por destroços flutuantes na superfície, onde,
segundo ele, "ainda há uma grande possibilidade de encontrar alguma
coisa", o que orientaria melhor a busca submarina.
Na sexta-feira, até 14 aviões e nove
barcos vasculham uma área de aproximadamente 223 mil quilômetros
quadrados (equivalente ao Estado de Roraima), cerca de 1.680 quilômetros
a nor-noroeste de Perth, segundo o militar.
A Grã-Bretanha também está enviando à
região o submarino nuclear HMS Tireless, equipado com sonar, e uma
fragata da Malásia deve chegar no sábado.
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