Foi aprovada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) – 341/2013
– que aumenta em 2% o Fundo de Participação dos Municípios (FPM). A
votação da admissibilidade (que foi aceita) do projeto ocorreu na última
terça-feira, 22.
O aumento do FPM é tema de duas propostas de emenda à Constituição
que tramitam no Senado Federal (PEC 39/2013) e na Câmara dos Deputados
(PEC 341/2013). Os textos aumentam em 2% o Imposto de Renda (IR) e o
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), tributos que compõem o
FPM.
Há meses que os prefeitos – de todo o Brasil - vêm lutando para que
as bancadas federais dos Estados deem celeridade à aprovação das PECs no
Congresso Nacional. No final de março, em entrevista à imprensa, o
presidente da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) e prefeito de
Pão de Açúcar, Jorge Dantas (PSDB), disse que aumento de 2% do FPM
representa mais R$ 7 bilhões que seriam repassados às Prefeituras.
“Precisamos desses 2% do FPM para executar as obrigações que Brasília
nós repassa, toda semana, sem indicar a fonte de recurso. Com o
orçamento atual das prefeituras é impossível resolver os problemas dos
municípios e atender aos anseios da população”, explicou Dantas.
De acordo com a Confederação Nacional de Municípios (CNM) o próximo
trâmite agora é a criação de uma Comissão Especial, com 27 integrantes,
para avaliar a PEC 341/2013. Esta PEC tem texto semelhante à de número
39/2013, que tramita no Senado Federal e foi apresentada pela senadora
Ana Amélia (PP-RS), também como sugestão da CNM. A estratégia serve para
agilizar a aprovação do aumento e garantir melhores transferências aos
governos municipais o mais rápido possível.
“O aumento do repasse do FPM vai ao encontro dos interesses dos
municípios brasileiros e visa a compensar perdas financeiras causadas
pelas constantes desonerações e recorrentes criações de encargos,
programas federais e pisos salariais sem a respectiva compensação
financeira”, diz o ofício da CNM enviado ao presidente da Câmara dos
Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que prometeu agilidade na
instituição deste grupo, assim que a PEC passasse pela CCJC.
Nenhum comentário:
Postar um comentário