O
Domingo de Páscoa, ou a Vigília Pascal, é o dia em que até mesmo a mais
pobre igreja se reveste com seus melhores ornamentos, é o ápice do ano
litúrgico. É o aniversário do triunfo de Cristo. É a feliz conclusão do
drama da Paixão e a alegria imensa depois da dor. E uma dor e alegria
que se fundem pois se referem na história ao acontecimento mais
importante da humanidade: a redenção e libertação do pecado da
humanidade pelo Filho de Deus.
Cristo, ao celebrar a Páscoa na Ceia,
deu à comemoração tradicional da libertação do povo judeu um sentido
novo e muito mais amplo. Não é um povo, uma nação isolada que Ele
liberta, mas o mundo inteiro, a quem prepara para o Reino dos Céus. A
Páscoa cristã – cheia de profunda simbologia – celebra a proteção que
Cristo não cessou nem cessará de dispensar à Igreja até que Ele abra as
portas da Jerusalém celestial.
A festa da Páscoa é, antes de tudo, a
representação do acontecimento chave da humanidade, a Ressurreição de
Jesus depois de sua morte consentida por Ele para o resgate e a
reabilitação do homem caído. Este acontecimento é um dado histórico
inegável. Além de que todos os evangelistas fizeram referência. São
Paulo confirma como o historiador que se apoia, não somente em provas,
mas em testemunhos.
Páscoa é vitória, é o homem chamado a sua maior dignidade. Como não
se alegrar pela vitória d’Aquele que tão injustamente foi condenado à
paixão mais terrível e à morte de cruz?, pela vitória d’Aquele que
anteriormente foi flagelado, esbofeteado, cuspido, com tanta desumana
crueldade.
Este é o dia da esperança universal, o dia em que em torno ao
ressuscitado, unem-se e se associam todos os sofrimentos humanos, as
desolusões, as humilhações, as cruzes, a dignidade humana violada, a
vida humana respeitada.
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