Papa Francisco celebrou a Missa de Ramos
neste domingo, 13, na Praça São Pedro, iniciando assim a Semana Santa
no Vaticano. A homilia, realizada na Missa após a benção dos Ramos e da
procissão, recordou a Paixão do Senhor e convidou os fiéis a pensarem em
sua atitude diante de Jesus.
“É bom que nos façamos uma pergunta:
quem sou eu, quem sou eu diante do meu Senhor, quem sou eu diante de
Jesus que entra em festa em Jerusalém? Sou capaz de exprimir a minha
alegria, de louvá-Lo, ou ponho-me à distância? Quem sou eu diante de
Jesus que sofre?”
O Pontífice citou os diversos
personagens presentes no relato da entrada triunfal de Jesus em
Jerusalém: líderes, sacerdotes, fariseus, doutores da lei. Ele recordou
em particular a figura de Judas, o traidor que vendeu Jesus por 30
moedas e fingiu amá-Lo para entregá-Lo.
“Sou eu?”, perguntou Francisco, ao longo
da homilia, num apelo ao exame de consciência enquanto lembrava os
discípulos que não entendiam nada do que estava acontecendo ou aqueles
que aguardavam uma oportunidade para prender Jesus.
A intervenção referiu-se ainda a
Pilatos, que “lava as mãos” para não assumir a sua responsabilidade, e à
multidão que não sabia se estava numa reunião religiosa, num julgamento
ou num circo e para quem era mais divertido humilhar Jesus, como também
fizerem os soldados.
O Papa elogiou as mulheres corajosas,
que acompanharam sempre Cristo, e José (de Arimateia), o “discípulo
escondido” que levou o seu corpo para a sepultura. “Onde está o meu
coração? Com qual destas pessoas me pareço? Que esta pergunta nos
acompanhe durante toda a semana”, concluiu o Papa em sua intervenção,
integralmente improvisada.
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