Os servidores da saúde de Natal iniciam uma greve nesta terça-feira
(15), em todas as unidades básicas e de atendimento 24 horas, como a
Maternidade das Quintas, o Hospital dos Pescadores, o Sandra Celeste e o
SAMU. No primeiro dia da greve, os servidores se reúnem no Sindsaúde e
em seguida, às 09h30, promovem um ato em frente à Secretaria Municipal
de Saúde, na Ladeira do Sol.
A greve é uma resposta a decisão da Prefeitura de Natal, que propôs
um reajuste de apenas 2% nos salários dos servidores neste ano, enquanto
as perdas chegam a 14,07%. O Sindsaúde reivindica 18,34% de reajuste no
salário-base, segundo estudo do DIEESE, e reajuste nas gratificações,
que estão congeladas.
Com a adesão dos servidores da saúde, Natal terá uma greve geral nos
serviços públicos a partir desta terça, pois professores, servidores
municipais e agentes de saúde já encontram-se em greve. “Os servidores
não estão dispostos a aceitar pagar a conta pelos milhões que são gastos
na Copa e com o reajuste de até 166% nos cargos comissionados”, afirma
Célia Dantas, do Sindsaúde.
Além das reivindicações econômicas, a greve na saúde exige a garantia
de segurança nas unidades, que estão alvos constantes de ataques. Só
neste ano, já foram três casos de invasões e assaltos a mão armada em
unidades básicas. A mais recente foi na unidade Vale Dourado, quando uma
servidora foi assaltada com uma arma na cabeça. A Prefeitura de Natal
tem afirmado que a responsabilidade pela segurança é do governo do
Estado, o que é questionado pelo Sindsaúde. “A Prefeitura tem
responsabilidade sobre o que acontece dentro das unidades. Não podemos
trabalhar com medo”, afirma Célia.
A greve também reivindica a reabertura da Maternidade Leide Morais e
as demais unidades fechadas ou em reformas; o cumprimento dos acordos
passados; a defesa da jornada e dos plantões e o fim do assédio moral
nas unidades de saúde.
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