Apesar
do alívio anunciado pela presidente Dilma Rousseff de correção na
tabela do Imposto de Renda (IR) em 2015, o contribuinte brasileiro está
pagando de R$ 1.500 a R$ 7.384 a mais por ano para o Leão, fruto da
defasagem na correção da tabela. A estimativa é do advogado tributarista
Ilan Gorin, que leva em conta uma defasagem que já atinge 61,42%, entre
os anos de 1996 e 2013, calculados pelo Sindicato Nacional dos
Auditores da Receita Federal (Sindifisco).
As
simulações feitas pelo tributarista a pedido do GLOBO valem para
salários que variam de R$ 3.800 a R$ 15 mil mensais. Um contribuinte que
recebe R$ 5 mil, por exemplo, teria 52,5% a menos de imposto retido na
fonte, se não houvesse defasagem. Na prática, significa que ele
desembolsaria R$ 6.825 a menos por ano ou R$ 525 por mês. Esses cálculos
embutem descontos com dois dependentes e com o Instituto Nacional do
Seguro Social (INSS) em valores de R$ 580 e R$ 418, respectivamente.
No
caso de um contribuinte com salário de R$ 10 mil por mês, a parcela
retida a cada ano seria 33,56% menor, o que significaria uma "mordida"
de R$ 568 a menos por mês. No ano, a economia chegaria a R$ 7.384.
Na
véspera do 1º de Maio, a presidente foi para a TV anunciar a correção
da tabela do IR em 4,5% em 2015, entre outras benesses, como o reajuste
do benefício do Bolsa-Família e a manutenção da política de valorização
do salário mínimo. O alívio com a correção anunciada será de R$ 483,21
por ano para quem ganha de R$ 5 mil para cima.
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