Interditado para reforma e adequação há cerca de dez meses, o
Hospital da Mulher e Maternidade Leide Morais, na zona Norte de Natal,
só deve ser reaberto após o mês de julho, conforme o novo prazo
estabelecido pelo Departamento de Infraestrutura Física e Tecnológica
(Dift) da Secretaria Municipal de Saúde.
Com capacidade para realizar até 400 atendimentos e 300 partos por
mês, a unidade, inaugurada há apenas cinco anos, teve que ser reformada
após graves problemas de infiltração no teto do prédio. Segundo o
diretor do Dift, Paulo Pinheiro, o novo prazo foi estabelecido de forma
verbal, em atendimento às solicitações dos representantes das duas
empresas que estão realizando a reforma da maternidade. “Foi necessário
uma readequação à reforma, por isso, foi necessário esticar o prazo de
entrega do prédio. Mas, se tudo ocorrer a contento, a nossa expectativa é
reabrir a unidade no final de julho. Assim, ainda pouco mais de dois
meses para concluir tudo”, explicou.
A ex-diretora da Leide Morais, Lindinalva Barbosa, afirmou que as
obras estão bem adiantadas e que faltam apenas serviços pontuais como a
conclusão da pintura externa, revisão das redes hidráulica e elétrica e a
ambiência da recepção. Serviços como a substituição das portas da
unidade, que estavam tomadas por cupim e a pintura externa, estão quase
prontas.
Já as obras relacionadas à Rede Cegonha devem ficar prontas dentro de
um prazo máximo de 90 dias, já que começou nesta semana, conforme
Lindinalva. Ela disse ainda que, apesar da reforma, os serviços de
ultrassonografia, que realiza uma média de 250 atendimentos por mês, e a
central de esterilização existente na unidade, estão funcionando
normalmente. Além disso, uma parte do serviço administrativo e o setor
de vigilância também estão funcionando.
Demanda absorvida pela Maternidade das Quintas
Inaugurada em março de 2009, a Maternidade Leide Morais possui 16
apartamentos e seis enfermarias, totalizando 40 leitos. Após os
problemas com infiltrações, a estrutura foi fechada para reforma em
julho do ano passado e desde então, a conclusão das obras já foi
prorrogadas por três vezes. Isso tem gerado problema para outra unidade
de saúde, a Maternidade das Quintas, na zona Oeste de Natal, que tem
absorvido toda a demanda da zona Norte.
Segundo a diretora das Quintas,
Aloma Fonseca, a unidade tem sofrido diariamente com a superlotação da
maternidade, ao receber pacientes que poderiam ser atendidas pela Leide
Morais. “Travamos uma guerra diária, já que absorvemos pacientes vindas
de outros municípios e de outras unidades locais, como a Maternidade
Januário Cicco e as que deveriam ser atendidas pela Leide Morais, que
está fechada para reforma há vários meses”, desabafou.
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