terça-feira, 6 de maio de 2014

Filha de Dirceu nega privilégios e fala das condições do pai

Joana diz que ex-ministro está em cela com goteira e mal iluminada. Foto: Divulgação Joana Saragoça, filha do ex-ministro José Dirceu, disse em texto nesta segunda-feira que o pai não recebe privilégios no Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal, ao contrário do que afirmou a deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP). Esta disse que Dirceu está em uma cela “maior e mais iluminada”, com televisão, micro-ondas e chuveiro quente.

A deputada fez parte de uma comissão que visitou o ex-ministro. Os demais parlamentares eram Arnaldo Jordy (PPS-PA), Jean Wyllys (Psol-RJ), Nilmário Miranda (PT-MG) e Luiza Erundina (PSB-SP). O relatório da comissão indicou que não há privilégios para Dirceu em relação aos demais presos, nem nada que impeça que ele saia do presídio para trabalhar.

“A cela em que meu pai fica tem uma goteira logo na entrada. Ela não é bem iluminada. São três lâmpadas fluorescentes penduradas por fios que mal iluminam todo o ‘quarto’, tornando ler na cela uma tarefa bem difícil. A televisão é pequena (de 19 polegadas), sem entrada USB ou DVD. Zé Dirceu assiste apenas a televisão aberta, como podem fazer todos os internos de bom comportamento”, diz o texto, publicado no site O Diário do Centro do Mundo.

Joana afirma que a comida que o pai recebe é a mesma de todos os detentos. Alguns presos, explica, têm micro-ondas – mas o pai não, nem pediu que a família arranjasse um aparelho.


A filha do ex-ministro diz ainda que ele estava sozinho na cela porque “todos que passaram por lá já tiveram o trabalho externo concedido. Aliás, Zé Dirceu é o único preso do CIR (Centro de Internamento e Reeducação) com proposta de emprego esperando a autorização sair”. Ela diz ainda que, desde ontem, o pai não está mais sozinho na cela.

“Enfim, não há regalias ou privilégios, como a própria Comissão de Direitos Humanos da Câmara atestou em seu relatório, já público. Também nunca houve telefonema, como três investigações internas e da própria Vara de Execuções Penais já concluíram. Não existe motivo para não conceder o trabalho externo ao meu pai. Falo como filha, mas esta também é a opinião do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que já se manifestou há mais de 20 dias a favor da liberação para o trabalho externo”, explica.

Nenhum comentário:

Postar um comentário