Mais seis dromedários chegaram ao Rio Grande do Norte para reforçar o
passeio nas dunas de Jenipabu no município de Extremoz. Por enquanto,
eles estão em observação e isolados dos demais. A chegada no Estado
ocorreu no dia 13 deste mês.
De acordo com a proprietária da empresa Dromedunas, Cleide Gomes, são
cinco fêmeas e um macho. Todos entre quatro e cinco anos de idade.
“Além de ser um investimento para a Copa, também temos o objetivo de
melhorar o mapa genético”, informou a empresária. Conforme a
proprietária, todos estão em idade reprodutiva.
Até agora quatro deles ganharam nomes: Sarah, Aisha, Aurélia e
Felipe. Os outros terão seus nomes escolhidos por meio de um concurso on
line. Desde que chegaram em Natal, os animais estão em quarentena, uma
exigência do Ministério da Agricultura, Pecuária (Mapa). “Os dromedários
são mamíferos ruminantes domésticos e, por isso, são fiscalizados pelo
Ministério da Agricultura”, acrescentou a empresária.
Cleide Gomes acredita que o tempo de adaptação seja menor que os
quarenta dias iniciais estabelecidos pelo ministério, uma vez que os
dromedários já passaram três dias no aeroporto do Galeão no Rio de
Janeiro quando chegaram ao Brasil esperando serem despachados.
Do Rio de Janeiro para Extremoz, eles vieram de caminhão com paradas
para descanso e acompanhados da empresária. “Não temos aviões cargueiros
que façam essa rota Rio-Natal com animais desse porte, acredito que o
maior a ser transportado são cabras”, explicou.
Os animais são importados da Espanha, onde há muito tempo se cria
essa espécie. De acordo com a empresária, a compra direta de um país
africano é mais difícil em função das barreiras sanitárias. “Logo no
início a gente pensava em comprar do Senegal, mas o governo brasileiro
não deixou”.
Ainda na Europa, eles passaram por processo de certificação sanitária
depois de receberem vacinas e tratamento para parasitas por exemplo. O
processo de importação dos novos dromedários durou mais de um ano
segundo a empresária do turismo.
“Enfim, chegaram a tempo para a Copa. Acho que dez para a Copa está
bom”, disse a empresária aliviada. Atualmente, sete dromedários fazem os
passeios, que duram cerca de 20 minutos e custam R$ 50 em meio às dunas
de Genipabu. O público é composto de 90% de turistas.
Além do rodízio de trabalho entre os animais, há uma série de regras
nos cuidados com os bichos: a ração vem direto de São Paulo, os animais
têm plano de saúde, ingerem vitaminas e sais minerais. “Eles levantam
até 500 quilos, mas eu só coloco 250″, disse a empresária. “A gente dez
um estábulo só para eles, onde eles ficam em observação”, acrescentou.
A proprietária do Dromedunas não informou o valor investido na compra
por motivos de segurança, mas informou que foram feitas economias ao
longo de cinco anos para realizar um pagamento à vista. O serviço do
passeio começou em novembro de 1998 com quatro animais.
O Jornal de Hoje
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