O procurador Antônio Gleydson Gadelha de Moura, da Procuradoria do
Trabalho da 21ª Região, planeja criar uma espécie de fundo garantidor
para funcionários de empresas prestadores de serviços da Petrobras,
segundo o Sindicato dos Petroleiros do Rio Grande do Norte
(SINDIPETRO-RN). A ideia é usar recursos do fundo para pagar dívidas e
encargos trabalhistas e evitar problemas como os da empresa Empercom,
cujos 700 empregados estão em greve há dois meses.
Manuel Assunção, diretor do Setor Privado e Terceirizado do
Sindipetro-RN, informou que, quando as empresas descumprem a legislação,
os recursos resultantes da multa aplicada nelas volta para a Petrobras.
A Procuradoria quereria que tal verba seja destinada aos trabalhadores.
Ontem (14), funcionários da Empercom protestaram novamente na BR-304.
Eles queimaram pneus para bloquear a via. Seus salários estão atrasados
desde março.
Imbróglios nos processos judiciais do caso têm prendido os recursos na
conta da Justiça. De acordo com o Sindipetro-RN, todas as faturas da
Empercom foram bloqueadas judicialmente em 25 de abril. Na semana
passada, a conta com esses recursos já teria R$ 2,8 milhões, quantia
suficiente para pagar os trabalhadores, o que deveria ter sido efetivado
na quarta-feira (14).
Contudo, a Procuradoria do Trabalho da 21ª Região teria entrado com
recurso para pôr a verba em sua conta e de lá gerenciar o pagamento. A
Justiça acatou e o prazo de pagamento foi alargado. No longo prazo, o
sindicato avalia que o processo é benéfico para os trabalhadores, mas,
sem salários desde março, sua situação atual não é das mais
confortáveis. “Eles estão desesperados”, afirmou Manuel Assunção,
diretor do Sindipetro-RN.
O sindicado informou, contudo, que, a despeito do grave problema das demissões, a situação trabalhista da Empercom é uma exceção no setor de petróleo, cujas empresas costumam agir de acordo com as legislações trabalhistas.
O sindicado informou, contudo, que, a despeito do grave problema das demissões, a situação trabalhista da Empercom é uma exceção no setor de petróleo, cujas empresas costumam agir de acordo com as legislações trabalhistas.
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